Muitos já terão ouvido falar neste dispositivo. Para outros será uma novidade.
O que é então o Mosquito? É um polémico emissor de sons cuja invenção teve como principal objectivo lutar contra a delinquência juvenil. Para melhor clarificação, seguem alguns excertos de uma notícia publicada no IOL. Encontrei esta notícia aqui, no Quarks e Gluões.
Introduzido no Reino Unido em 2005, o Mosquito é um aparelho que emite sons a alta frequência - 17 quilohertz - que não são audíveis por pessoas com mais de 25 anos. Mais de 9.000 exemplares do aparelho fabricado pela sociedade galesa Compound Security System, foram vendidos em todo o mundo.
A maioria destes aparelhos está instalada nas imediações de supermercados, ou em locais onde os jovens habitualmente se reúnem, com o objectivo de afastar os potenciais delinquentes.
Mas a sociedade galesa, que explica ter respondido ao pedido de numerosas forças de manutenção da ordem, acaba de lançar no comércio uma versão «multi-idades».
«Muitas pessoas sem residência fixa têm mais de 25 anos e muitas pessoas reúnem-se nas passagens subterrâneas, (as empresas de segurança) querem simplesmente mandá-los embora», explicou Simon Morris, director comercial de Compound security System.
(…) Organizações de direitos humanos criticam
Mas as organizações de protecção dos direitos humanos, particularmente das crianças, insurgiram-se contra o «Mosquito» desde o seu lançamento há três anos. «Este aparelho não faz distinção e atinge todas as crianças e jovens, incluindo bebés, além de que não tem em conta se estes estão a ter um comportamento condenável ou não», realçou em Fevereiro Al Aynsley-Green, responsável governamental pela protecção de crianças, no lançamento desta campanha.
«O Mosquito não tem lugar num país que preza as suas crianças e que procura inculcar-lhes dignidade e respeito», afirmou Shami Chakrabarti da organização de defesa dos direitos humanos Liberty.
Howard Stapleton, o inventor deste aparelho, reconheceu que este pode ser utilizado com más intenções e sugeriu que o seu uso fosse regulamentado. Contudo, «as pessoas falam de violação dos direitos humanos mas onde estão os direitos humanos dos comerciantes que vêem os seus negócios ser arruinados devido a grupos de jovens incontroláveis que afastam os seus clientes?», perguntou Howard.
Já aqui e aqui coloquei applets que permitem, entre muitas outras funções, criar sons deste tipo. Podem utilizá-los para testar a sua audição e para sentir o efeito do mosquito.
Mesmo sabendo que não provocam problemas de saúde, será ético utilizar dispositivos deste tipo? Alguns dos argumentos que podem ser referidos podem ser encontrados a negrito na notícia. Que vos parece?
1 comentários:
Ético ou não, não sei...mas que eu gostava de ter um Mosquito em certas aulas,gostava.
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