10 de abril de 2009

O Mosquito. Impor barreiras através do som será eticamente admissível?

mosquito.teensMuitos já terão ouvido falar neste dispositivo. Para outros será uma novidade.

O que é então o Mosquito? É um polémico emissor de sons cuja invenção teve como principal objectivo lutar contra a delinquência juvenil. Para melhor clarificação, seguem alguns excertos de uma notícia publicada no IOL. Encontrei esta notícia aqui, no Quarks e Gluões.

Introduzido no Reino Unido em 2005, o Mosquito é um aparelho que emite sons a alta frequência - 17 quilohertz - que não são audíveis por pessoas com mais de 25 anos. Mais de 9.000 exemplares do aparelho fabricado pela sociedade galesa Compound Security System, foram vendidos em todo o mundo.

A maioria destes aparelhos está instalada nas imediações de supermercados, ou em locais onde os jovens habitualmente se reúnem, com o objectivo de afastar os potenciais delinquentes.

Mas a sociedade galesa, que explica ter respondido ao pedido de numerosas forças de manutenção da ordem, acaba de lançar no comércio uma versão «multi-idades».

«Muitas pessoas sem residência fixa têm mais de 25 anos e muitas pessoas reúnem-se nas passagens subterrâneas, (as empresas de segurança) querem simplesmente mandá-los embora», explicou Simon Morris, director comercial de Compound security System.

(…) Organizações de direitos humanos criticam

Mas as organizações de protecção dos direitos humanos, particularmente das crianças, insurgiram-se contra o «Mosquito» desde o seu lançamento há três anos. «Este aparelho não faz distinção e atinge todas as crianças e jovens, incluindo bebés, além de que não tem em conta se estes estão a ter um comportamento condenável ou não», realçou em Fevereiro Al Aynsley-Green, responsável governamental pela protecção de crianças, no lançamento desta campanha.

«O Mosquito não tem lugar num país que preza as suas crianças e que procura inculcar-lhes dignidade e respeito», afirmou Shami Chakrabarti da organização de defesa dos direitos humanos Liberty.

Howard Stapleton, o inventor deste aparelho, reconheceu que este pode ser utilizado com más intenções e sugeriu que o seu uso fosse regulamentado. Contudo, «as pessoas falam de violação dos direitos humanos mas onde estão os direitos humanos dos comerciantes que vêem os seus negócios ser arruinados devido a grupos de jovens incontroláveis que afastam os seus clientes?», perguntou Howard.

aqui e aqui coloquei applets que permitem, entre muitas outras funções, criar sons deste tipo. Podem utilizá-los para testar a sua audição e para sentir o efeito do mosquito.

Mesmo sabendo que não provocam problemas de saúde, será ético utilizar dispositivos deste tipo? Alguns dos argumentos que podem ser referidos podem ser encontrados a negrito na notícia. Que vos parece?

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1 comentários:

Luísa disse...

Ético ou não, não sei...mas que eu gostava de ter um Mosquito em certas aulas,gostava.

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