3 de novembro de 2010

Ciência e Arte – 11: Jactos no Sol

Espículas solares (solar spicules) Clique para ver a imagem no máximo da resolução (2,49 MB)

Imagine um tubo tão largo como Portugal e tão longo quanto a Terra. Agora imagine que esse tubo está cheio de gás que se move a 50 000 quilómetros por hora. Imagine ainda que esse tubo não é feito de metal, mas sim um campo magnético. Se conseguiu fazê-lo, visualizou uma de uma miríade de espículas na superfície do Sol. Na imagem deste artigo pode ver uma das imagens de maior resolução que existem destas enigmáticas espículas. Adaptado daqui, onde pode obter mais informação.

31 de outubro de 2010

Uma questão de referencial

Mundo Quino 068  Quino, Mundo Quino, 1963

16 de outubro de 2010

Expressão para determinar a aceleração da gravidade em função da latitude e altitude do lugar

Durante uma actividade laboratorial foi necessário saber qual o valor da aceleração da gravidade na latitude em que nos encontrávamos. Como na altura não tínhamos meio de o saber, utilizámos o valor de 9,8 m/s2.

Pedi para os alunos procurarem confirmação para o valor. Alguns talvez tenham encontrado algo parecido a isto:Image13

Nesta expressão, φ representa a latitude do lugar. Caso queira introduzi-la directamente numa folha de cálculo, pode copiar e adaptar isto: =9,78049*(1+0,0052884*(SEN(latitude))^2-0,0000059*(SEN(2*latitude))^2)

Caso também pretenda corrigir para a altitude do lugar, utiliza-se seguidamente a expressão: Image14

Na tabela seguinte estão alguns exemplos obtidos através das expressões anteriores.

gravity

Esta informação foi retirada daqui, onde também pode encontrar algumas deduções interessantes relacionadas com a Lei da atracção gravitacional de Newton.

14 de outubro de 2010

Actualização do post: “Exames e testes intermédios de Física e Química – A”

O artigo que publiquei no início da época de exames de 2009/2010 foi actualizado com os exames de 1ª e 2ª fase de 2010.

O trabalho está completo até ao próximo teste intermédio de Física e Química – A. Pode consultar aqui o calendário dos testes intermédios.

Apresentação sobre medição em Química e Física

Encontrei aqui no seu sítio de apoio às aulas de Física e Química uma apresentação que a professora Marília Peres produziu como apoio à actividade laboratorial 1.1 (FQ-10ºano).

Tem como título Medição em Química, mas claro que a informação que contém também é válida para a Física. Nele pode encontrar informação relativa à obtenção e tratamento de medições experimentais, algarismos significativos, unidades e notação científica, erros, diferença entre precisão e exactidão, média, desvios e incertezas.

Utilizei o serviço Slideshare para criar a apresentação do PDF que está na ligação que anterior indiquei. Para ver a apresentação em formato maior seleccione a opção view fullscreen no menu do canto inferior esquerdo.

1 de outubro de 2010

Química 12º – recomendação de blogue

Um leitor do Átomo e meio perguntou-me quando é que eu colocaria conteúdos para o 12º de Química. Em vez de ser eu a publicá-los, o melhor que posso fazer é recomendar o blogue Química 12. Vale muito a pena visitá-lo.

Química 12_blogue

13 de setembro de 2010

Acesso ao ensino superior: as médias, os cursos e as universidades (2010)

colocacoesTal como há um ano, volto a publicar a média mínima com que foi possível ingressar neste último concurso (2010) em cada um dos cursos do ensino superior.

Se for do seu interesse, descarregue aqui o documento em pdf (fonte) e vá dedicando algum tempo a pensar nestes assuntos.

Qual o interesse de ter presente estas médias?

Porque um defeito que muitos alunos têm está relacionado com o facto de só se preocuparem com as médias quando começam a fazer os exames ou quando começam a preencher os impressos para concorrerem à universidade.

Infelizmente nessa altura já é demasiado tarde e ficam muitos sonhos pelo caminho.

É importante ter objectivos e ter sempre presente a média desejada. Só desta forma um aluno pode controlar de forma eficaz todos os resultados que vai obtendo ao longo de 3 anos.

Comece o mais cedo possível a interessar-se sobre este assunto. Fique a saber que cursos existem e em que universidades. Repare no número de vagas e nas médias do último que entrou. Repare também na diferença entre as médias para o mesmo curso ente universidades diferentes.

9 de setembro de 2010

Regresso às aulas

Para abrir o ano lectivo de forma suave, aqui ficam uns cartoons alusivos ao tema. Aproveito para desejar um óptimo ano lectivo 2010 / 2011 para todos os visitantes do Átomo e meio.

Regresso às aulas - Cartoon

David Fitzsimmons, fonte

Regresso às aulas - Cartoon

David Fitzsimmons, fonte

Regresso às aulas - Cartoon

Mike Keefe, fonte

Regresso às aulas - Cartoon

Dave Granlund, fonte

Regresso às aulas - Cartoon

Marshall Ramsey, fonte

8 de julho de 2010

O protão poderá ser mais pequeno do que se pensava

“Das três uma: ou a teoria está incompleta e há qualquer coisa que ela não consegue prever; ou os cálculos estão errados; ou o valor de uma das constantes mais bem conhecidas da física está errado”, diz-nos pelo telefone Joaquim Santos, da Universidade de Coimbra. A teoria de que fala é a Electrodinâmica Quântica, ou QED, um dos pilares da física, que descreve as interacções entre a luz e a matéria e é uma das mais bem sucedidas na previsão das propriedades dos átomos. Os cálculos de que fala são aqueles que, a partir dessa teoria, permitem calcular o tamanho (o raio) do protão, um dos constituintes de base dos átomos. A constante de que fala é uma constante física fundamental, chamada constante de Rydberg e cujo valor também está ligado ao tamanho do protão. (…)

cover_nature_shrinking_the_protonPor que é que uma destas três coisas poderá ter um problema? Porque uma equipa internacional de cientistas, entre os quais a de Joaquim Santos (onde se incluem também investigadores da Universidade de Aveiro) publica hoje na revista “Nature” um resultado que mostra que o protão poderá ser mais pequeno do que se pensava.
Hoje em dia, o raio do protão é conhecido com uma precisão de apenas um por cento, principalmente através da espectroscopia feita ao átomo de hidrogénio (que não é senão um protão com um electrão à volta). E o que os 32 investigadores da equipa – do Instituto Max Planck, na Alemanha; do Instituto Paul Scherrer e do ETH Zurique, ambos na Suíça; do Laboratório Kastler Brossel em Paris; dos EUA e de Taiwan; e de Coimbra e Aveiro – pretendiam era aumentar essa precisão de um por cento para um por mil, acrescentando mais uma casa decimal ao valor oficial em vigor, que é de 0,8768 femtometros (milésimos de bilionésimo de metro). “Precisávamos de melhorar a precisão porque [as previsões] da teoria QED estão limitadas pela precisão do raio do protão”, explica Joaquim Santos. Só que, quando o mediram, o valor que obtiveram estava vários pontos percentuais abaixo do previsto. O novo valor, obtido através de um dispositivo experimental novo e muito sofisticado, é de 0,84184 femtometros – ou seja, cerca de quatro por cento mais pequeno. (…) Pode continuar a ler no Público 

Consultei a página da nature e encontrei mais alguma informação sobre o assunto. Apesar de saber que é complicada, não resisti a apresenta as imagens que acompanham o artigo pois permitem um pequeno vislumbre daquilo que está por detrás de uma (eventual) descoberta científica.

Figure 1: Energy levels, cascade and experimental principle in muonic hydrogen.

nature09250-f1.2a, About 99% of the muons proceed directly to the 1S ground state during the muonic cascade, emitting ‘prompt’ K-series X-rays (blue). 1% remain in the metastable 2S state (red).

b, The μp(2S) atoms are illuminated by a laser pulse (green) at ‘delayed’ times. If the laser is on resonance, delayed Kα X-rays are observed (red).

c, Vacuum polarization dominates the Lamb shift in μp. The proton's finite size effect on the 2S state is large. The green arrow indicates the observed laser transition at λ = 6 μm.

Figure 2: Muon beam.

nature09250-f2.2Muons (blue) entering the final stage of the muon beam line pass two stacks of ultra-thin carbon foils (S1, S2). The released electrons (red) are separated from the slower muons by E×B drift in an electric field E applied perpendicularly to the B = 5 T magnetic field and are detected in plastic scintillators read out by photomultiplier tubes (PM1–3). The muon stop volume is evenly illuminated by the laser light using a multipass cavity.

Figure 3: Laser system.

nature09250-f3.2 The c.w. light of the Ti:sapphire (Ti:Sa) ring laser (top right) is used to seed the pulsed Ti:sapphire oscillator (‘osc.’; middle). A detected muon triggers the Yb:YAG thin-disk lasers (top left). After second harmonic generation (SHG), this light pumps the pulsed Ti:Sa oscillator and amplifier (‘amp.’; middle) which emits 5 ns short pulses at the wavelength given by the c.w. Ti:Sa laser. These short pulses are shifted to the required λ ≈ 6 µm via three sequential Stokes shifts in the Raman cell (bottom). The c.w. Ti:Sa is permanently locked to a I2/Cs calibrated Fabry-Perot reference cavity (FP). Frequency calibration is always performed at λ = 6 µm using H2O absorption. See Online Methods for details.

Figure 4: Summed X-ray time spectra.

nature09250-f4.2Spectra were recorded on resonance (a) and off resonance (b). The laser light illuminates the muonic atoms in the laser time window t ∈ [0.887, 0.962] µs indicated in red. The ‘prompt’ X-rays are marked in blue (see text and Fig. 1). Inset, plots showing complete data; total number of events are shown.

Figure 5: Resonance.

nature09250-f5.2Filled blue circles, number of events in the laser time window normalized to the number of ‘prompt’ events as a function of the laser frequency. The fit (red) is a Lorentzian on top of a flat background, and gives a χ2/d.f. of 28.1/28. The predictions for the line position using the proton radius from CODATA3 or electron scattering1, 2 are indicated (yellow data points, top left). Our result is also shown (‘our value’). All error bars are the ±1 s.d. regions. One of the calibration measurements using water absorption is also shown (black filled circles, green line).

22 de junho de 2010

Estudantes têm cada vez mais dificuldades de base a Matemática (Falhas na preparação dos alunos estão a afectar cursos)

Nos últimos dias tenho trocado comentários com um leitor do Átomo e meio, no post Algumas considerações sobre o facilitismo dos exames nacionais – parte 2 (as calculadoras gráficas) (na realidade, não é só nos exames nacionais, mas em todo o percurso escolar).

Num dos meus comentários afirmei que já por várias vezes foi tornada pública a opinião de professores do ensino superior, sobre a falta de capacidade com que os alunos estão a chegar às universidades, principalmente na área de ciências. Estes professores estão de acordo que os estudantes não estão menos inteligentes, apenas infantilizados e subaproveitados.

Ora, nem de propósito. Hoje vem publicado no Público um interessante artigo sobre este mesmo tema: Estudantes têm cada vez mais dificuldades de base a Matemática (Falhas na preparação dos alunos estão a afectar cursos)

Este é um tema que sobe de importância se atendermos ao facto de muitos estudantes estarem, muito em breve, a realizar as suas candidaturas ao ensino superior, enquanto que outros estarão a decidir a área em que irão prosseguir estudos no secundário e outros ainda estão a pensar quais as disciplinas opcionais que irão seleccionar no 12º ano.

Segue parte do artigo que, apesar de focar a Matemática, encontra grande paralelismo com a situação da Física e da Química.

(…) Estamos a falar de um problema que afecta cada vez mais os “caloiros” nas universidades. O PÚBLICO ouviu vários professores universitários portugueses que leccionam cadeiras onde “o bicho-de-sete-cabeças” é central. Confrontam-se, diariamente, com alunos “sem hábitos de trabalho e sem espírito de sacrifício”. E temem os efeitos desta “cultura de facilitismo”. (…)

Uma opinião corroborada por Paulo de Carvalho, que lecciona Teoria da Informação e Computação Gráfica na licenciatura em Engenharia Informática na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. “Classifico-os como uma geração wikipedia: satisfazem-se muito facilmente com conhecimentos superficiais”, explica o docente de 42 anos, a dar aulas há 19 anos. “Há ausência de consolidação de conceitos e os alunos estão viciados no uso da calculadora.”

Ana Isabel Filipe, do departamento de Matemática e Aplicações da Escola de Ciências Universidade do Minho, que tem dado cadeiras de Álgebra Linear, Análise Matemática e Cálculo em cursos na área das engenharias, faz uma radiografia: “Os alunos estão dentro de cursos que não gostam. Procuram um curso com empregabilidade e ocupam a vaga de quem até tinha uma nota menor mas tinha gosto. Estão todos fora do sítio”, explica a professora de 55 anos que dá aulas desde 1978.

O Instituto Superior Técnico, da Universidade Técnica de Lisboa, não é excepção. Luísa Ribeiro, docente do departamento de Matemática que tem leccionado cadeiras como Cálculo Diferencial e Integral em várias engenharias, admite que os alunos mudaram. Fizeram há dois anos uma prova de aferição para perceberem as suas dificuldades. Uma das perguntas – que servia para “aquecer” – era quanto é um meio mais um meio e a resposta era de escolha múltipla. Cerca de 27 por cento falhou. Em jeito de ironia Luísa Ribeiro, de 53 anos, assume que chegam “infantilizados”, o que não estranha tendo em conta que “até a idade pediátrica foi alargada até aos 18 anos”. “Em algum lado têm de começar a ser responsáveis. Têm uma preparação de uma pessoa de início de secundário ou pior. São ensinados a não pensar e isso em Matemática é desastroso. Foram treinados como um cãozinho para um exame”, diz Luísa Ribeiro. (…)

Para estes docentes um dos “culpados” é o (ab) uso da calculadora. “Explico- lhes que não é nenhum oráculo e que a Matemática é simples mas exige trabalho. É preciso treinar o raciocínio abstracto e a verdade é que já nem sabem somar fracções, multiplicar potências...”, prossegue Luísa Ribeiro, que critica o facto de “tudo se fazer para ter estatísticas de sucesso sem nunca defi nir o que é sucesso”.

(…) Ana Rute Domingos também sublinha que ao disseminar-se a ideia de que o ensino tem de ser muito divertido esqueceu-se a importância, por exemplo, da memorização. (…) Ressalva, no entanto, que os alunos de hoje não são menos inteligentes, “não se trabalha é o que têm”. Um factor que Paulo de Carvalho também não coloca em causa. “Os alunos são igualmente inteligentes. A formação é que é o problema. Na década de 1990 instalou-se a ideia romântica de que a aprendizagem tem de dar prazer e isso não é uma verdade absoluta. Vivemos um problema de inteligência pública”, defende. (…) “Criou-se a ideia de que a aprendizagem não é dolorosa. Há um culto do facilitismo e de desvalorizar o conhecimento que se acentuou com os cursos de três anos”, conclui Oliveira Martins. Fonte

Para reflectir.

Study Habits (Hábitos de estudo)

Fonte (Cartoon de Dave Granlund, inspirado pela diminuição da preparação base dos alunos dos Estados Unidos)

13 de junho de 2010

A Ciência permite ver para além do óbvio

scientists' view of the world

Para além do belo acessível a todos, a Ciência permite aceder a outras maravilhas ocultas.

1 de junho de 2010

Exames e testes intermédios de Física e Química - A

92307413_454537575a (Medium) Neste post pode encontrar um conjunto de PDFs com todos os exames e testes intermédios de Física e Química – A que já foram realizados.

Há documentos só com as questões e outros só com as soluções e critérios de classificação.

Cada teste está identificado no seu início. 

Optei também por criar PDFs com duas e quatro páginas por folha, de forma a reduzir o número de páginas a imprimir. Fica ao gosto e necessidade de cada um.

Se não estiver a conseguir ler os PDF, verifique se tem um leitor de PDF instalado no seu sistema. Recomendo o FOXIT Reader pela sua leveza e eficácia.

Este post será actualizado à medida que novos exames e testes forem sendo realizados.

Pode consultar neste PDF as informações disponibilizadas pelo GAVE sobre o exame de Física e Química-A.

Bom trabalho.

23 de maio de 2010

Lip Dub da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes

E porque o Átomo e meio não serve apenas para divulgar a Ciência, aqui fica o Lip Dub da escola em que lecciono. Este Lip Dub consistiu em apresentar a escola num filme sem cortes, onde as pessoas vão fazendo playback.

O Lip Dub conta com a presença de Domigos dos IRIS autor de um tema de grande sucesso nacional na década de 90, “Atira tó mar”. A escolha musical prendeu-se com o facto de esta música caracterizar a maneira de falar, as expressões e os dizeres dos olhanenses, acabando também por simbolizar a cultura regional de Olhão e do Algarve.

Este Lip Dub contou com a presença de mais de 270 alunos, professores, funcionários e encarregados de educação e foi feito com o intuito de apresentar a escola e também de deixar uma recordação da mesma, uma vez que a escola vai para obras e vai ser totalmente remodelada.

22 de abril de 2010

NASA revela novas imagens do Sol

A NASA revelou as primeiras imagens do Sol captadas pelo Solar Dynamics Observatory (SDO), lançado para o espaço no passado dia 11 de Fevereiro. O SDO consegue captar imagens com uma qualidade dez vezes superior a uma televisão de alta definição e poderá esclarecer os especialistas sobre os efeitos solares no clima da Terra. Fonte

20 de abril de 2010

Mais um serviço para criar PDFs de papel milimétrico (e não só)

Já neste post - Imprima qualquer tipo de papel que precise – tinha indicado como pode utilizar serviços online para imprimir papel milimétrico (milimetrado para o outro lado do Atlântico) e não só. Os serviços criam ficheiros PDF que são descarregados para o seu computador.

imageEncontrei ainda outro serviço que, apesar de não ter explorado por inteiro, tem tanta ou mais qualidade do que os anteriormente indicados.

Aqui fica uma amostra de um papel milimétrico em formato A4.

Claro que a qualidade final depende da impressora de cada utilizador.

Também aqui deixo outro documento (.doc) que poderá permitir a alguns utilizadores um resultado final mais adequado.

15 de abril de 2010

Estudo do movimento: delta v = 0

Este é o segundo vídeo da popular série MythBusters do Discovery Channel que publico. O primeiro está aqui: Estudo do movimento: Qual cai primeiro, uma bala disparada na horizontal ou uma bala largada da mesma altura?

Desta vez os apresentadores propuseram-se verificar experimentalmente o que acontece quando de um carro que viaja a 60 mph é disparada uma bola também a 60 mph , mas em sentido contrário. Vejam o vídeo para terem a resposta.

Claro que isto não é nenhum mito. A dificuldade está em conseguir as condições certas para que a experiência seja bem sucedida.

Já tinha publicado outro post sobre o mesmo assunto. Pode lê-lo aqui: Aceleração e variação de velocidade.

29 de março de 2010

O início do Universo finalmente explicado

LHC_cartoon_universe

O Pavilhão do Conhecimento em directo com o CERN

LHC Comunicado da Ciência Viva:

Física (quase) à velocidade da luz
O Pavilhão do Conhecimento em directo com o CERN entre as 7:30 e as 17:30

Caros amigos,
Amanhã, Terça-feira, dia 30 de Março, o CERN (Laboratório Europeu de Física de Partículas) vai testar em condições reais o maior acelerador de partículas do mundo: o LHC.

Os feixes irão circular em sentidos contrários, de forma a fazer colidir as partículas em locais específicos. Dessas colisões resultará a maior concentração de energia jamais alcançada pelo Homem.

O Pavilhão do Conhecimento-Ciência Viva estará em ligação permanente com o Centro de Controlo do CERN para transmissão em directo dos testes do LHC.
No auditório, presencialmente, físicos portugueses de altas energias irão comentar a transmissão ao longo do dia. Gaspar Barreira (LIP), Jorge Romão e Gustavo Castelo Branco (Centro de Física Teórica de Partículas, IST), Augusto Barroso (Centro de Física Teórica e Computacional, UL) e Jorge Dias de Deus (CENTRA, IST) são alguns dos físicos que responderam ao desafio de nos ajudar a compreender a importância destes testes e das experiências previstas no LHC para o nosso conhecimento da Física e do Universo.
Os investigadores Ana Henriques (CERN) e André David (LIP) participam por videoconferência a partir do CERN.

O LHC é constituído por um anel de 27 quilómetros de circunferência na fronteira franco-suíça, a 100 m de profundidade, refrigerado à temperatura de -271,4 ºC, muito próximo do zero absoluto. Em laboratórios subterrâneos ao longo deste anel estão instalados quatro grandes conjuntos de detectores (ALICE, ATLAS, CMS e LHCb), onde vão ocorrer colisões entre protões deslocando-se a uma velocidade muito próxima da velocidade da luz no vácuo, cerca de 300.000 quilómetros por segundo.

Em todo o mundo os físicos aguardam com expectativa os resultados dos testes para poderem dar início às suas experiências. O caso não é para menos, pois espera-se com o LHC tentar recriar as condições de temperatura e densidade de energia existentes no início do Universo, há cerca de 13,7 mil milhões de anos.
Para além do conhecimento, que poderemos alcançar com estas experiências? Os físicos respondem.

Participe na sessão no auditório do Pavilhão do Conhecimento ou assista à transmissão em directo através da Ciência Viva TV (http://www.cvtv.pt) a partir das 07h30m da manhã.
Programa completo na página web da Ciência Viva. (www.cienciaviva.pt)

Também aqui fica a ligação para a notícia no Público.

20 de março de 2010

Estudo do equilíbrio químico com o programa LeChat

O programa LeChat 2.1 - Simulações em Equilíbrio Químico - consiste basicamente numa ilustração no computador, de forma gráfica, do fenómeno do Equilíbrio Químico.

Permite visualizar as alterações produzidas em sistemas químicos gasosos por alterações de concentrações de reagentes ou produtos, temperatura do sistema ou pressão (volume) a que o sistema está sujeito, em conformidade com o Princípio de Le Chatelier.

LeChat_equilibrio_1

Segue-se uma explicação deste Princípio, retirado daqui:

As diferentes formas de alterar um estado de equilíbrio para uma reacção química têm uma coisa em comum:

    Um sistema em equilíbrio responde a qualquer perturbação com uma alteração que tende a contrariar a perturbação a que foi sujeito.

De facto:  (sugiro que siga as várias hiperligações de forma a obter explicações muito importantes para uma eficaz compreensão)

  • A perturbação aumento de concentração de um componente do sistema é seguida de consumo desse componente, até se atingir um novo estado de equilíbrio.
  • A perturbação aumento de temperatura favorece a transformação em que há absorção de calor, o que tende a fazer diminuir a temperatura do sistema.
  • A perturbação diminuição de volume de uma mistura gasosa, com consequente aumento do número de moléculas por unidade de volume (e, assim, aumenta a pressão do sistema), é seguida da transformação no sentido em que diminui o número de moléculas (assim, tendendo a diminuir a pressão do sistema).

A generalização acima feita deve-se a Le Chatelier e é justamente conhecida por Princípio de Le Chatelier.

O efeito de pressão acima mencionado merece dois comentários adicionais. Primeiro, faz-se notar que este efeito de pressão é-o aliado a variações de volume do sistema, pois são estas que implicam alterações nas concentrações das espécies em equilíbrio. Não é o efeito decorrente de se adicionar, sem variação de volume, outro gás que nada tenha a ver com a reacção.

Por exemplo, o equilíbrio N2(g) + 3H2(g) seta dupla 2NH3(g) não é alterado por adição do gás inerte árgon, ainda que, com isso, a pressão total do sistema aumente. É que, não havendo variação de volume, as concentrações dos gases N2, H2, NH3 (e, também, as pressões parciais) não variam. Também não é o aumento de pressão total decorrente de aumento de temperatura que está a ser considerado.

Por outro lado, é de notar que a diminuição do número de moles de gases como consequência de uma diminuição de volume - aumento de pressão - se corresponde a uma tentativa do sistema em diminuir a sua pressão, pode, também, ser considerada uma tentativa do sistema em diminuir o seu volume. O fenómeno central, aqui, é que um aumento de concentração global de todas as espécies se traduz numa alteração que tende a contrariar esse aumento.

Ao iniciar o programa existe uma janela em que está explicado o seu funcionamento (bastante simples). Pode descarregá-lo aqui.

Existem roteiros que permitem utilizar o programa de forma orientada e que pode encontrar aqui. Recomendo que os sigam pois poderão retirar o máximo proveito do programa. Nota: Os anos referidos aplicam-se ao programa que vigorava anteriormente. Comece por explorar os do 10º.

Para saber mais sobre o equilíbrio químico e constantes de equilíbrio, sugiro que siga esta ligação.

1 de março de 2010

De que é feito o mundo: as partículas e as suas interacções

Pode encontrar aqui um grande número de recursos que já foram utilizados em anteriores sessões de Masterclasses de Física de Partículas. Aproveitei um dos materiais produzidos pelo Centro Regional de Análise de São Paulo, para criar uma apresentação com o serviço Slideshare.

As partículas fundamentais e as suas interacções

Este conjunto de imagens foi encontrado aqui.

Para que possa ver a seguinte imagem com todo o detalhe clique sobre ela.

Modelo padrão

As imagens que se seguem são porções da imagem anterior.

Structure atomic

Bosons Fermions Particle processes Properties interactions particle  Unsolved

O Modelo Padrão da Física de Partículas

500px-Standard_Model_of_Elementary_Particles.svg Este vídeo que retirei do post O Modelo Padrão, do blogue Vídeos para o Ensino da Física e da Química, contém uma breve introdução à evolução da física das partículas no século XX e mostra o desenvolvimento do modelo padrão que unifica as interacções electromagnética, fraca e forte.

Recursos úteis para o estudo do modelo padrão da física de partículas:

Modelo padrão física partículas

Agenda: Masterclass em Física de Partículas

imageNa próxima 4ª feira, dia 3 de Março terá lugar mais uma sessão do programa Hands on Particle Physics - International Masterclasses for High School Students e que decorre entre 15.02.10 e 05.03.10. Em cada dia participam até 6 de 90 instituições de 23 países. 

Página do LIP com mais informação.

    Sala 3.13, Complexo Pedagógico da FCT, Campus de Gambelas, Universidade do Algarve

  • 09:00 Recepção

  • 09:15 Astronomia das ondas gravitacionais: uma nova janela sobre o Universo, Paulo Seara de Sá, CENTRA, Departamento de Física, Universidade do Algarve

  • 10:00 Física de Partículas: o Modelo Padrão e mais, Robertus Potting, CENTRA, Departamento de Física, Universidade do Algarve

  • 10:50 Intervalo para café

  • 11:10 Fotografando a passagem das partículas....Pedro Abreu, LIP, Instituto Superior Técnico, Lisboa

  • 12:00 - 13:00 Almoço na Cantina do Campus de Gambelas

Sala 1.63, Ed. I da FCT, Campus de Gambelas, Universidade do Algarve

  • IMG_1048[1]13:15 - 15:15 Medir as razões de fraccionamento para o bosão Z
    • 13:15 Introdução

    • 13:30 Os alunos trabalham em pares no PC

    • 14:30 Combinação, Discussão e Interpretação dos Resultados

    Sala 0.05, Ed. I da FCT, Campus de Gambelas, Universidade do Algarve

  • 15:00 - 15:30 Intervalo para café

  • 15:30 - 17:30 International Video Conference in English

    Partilhar as experiências com participantes internationais de Lodz, Geneva/CERN, London and Riverside.

    Combinação dos resultados da medição dos Z

    Quiz com prémios

    Discussão com investigadores do LEP

  • 17:30 FIM

image

23 de fevereiro de 2010

Calculador de massas molares

Precisei de calcular a massa molar do tiossulfato de sódio pentaidratado. Como se há algo que passo bem sem calcular são massas molares, procurei uma aplicação que me evitasse o trabalho. Encontrei uma que faz o que procurava. Pode encontrá-la aqui. É um calculador de massa molar e de composição elementar de uma substância.

Molecular weights (molar mass) of Na2S2O3(H2O)5 - Chemistry Online Education (Large)

Do mesmo portal também já aqui coloquei um post em que divulguei a aplicação que permite acertar equações químicas. Pode consultá-lo aqui: Acerto de equações químicas online

Projecto Ibercivis - Coloque o seu computador ao serviço da ciência

Utilize o seu computador para realizar investigação científica. 

Logo_IbercivisO Ibercivis, que é hoje apresentado em Lisboa mas já está em funcionamento, é uma iniciativa que junta instituições espanholas e portuguesas, como o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas e a Universidade de Coimbra.

Através do Ibercivis, o computador pessoal é ligado à plataforma e fica a trabalhar, nos momentos em que não estiver a ser usado normalmente, realizando cálculos, que são  depois enviados para os investigadores.

Proteína interagindo com um princípio activo (docking) A ideia é procurar o apoio dos cidadãos para desenvolver investigação em áreas tão diferentes como o tratamento da paramiloidose (conhecida como a doença dos pezinhos), a fusão nuclear, o desenvolvimento de nano materiais e o tratamento do cancro.

Há também escolas que vão estar envolvidas no Ibercivis através da ligação dos seus computadores, o que permitirá a alunos e professores contribuir para o avanço científico e contactar com a investigação que está a ser feita nos laboratórios nacionais e estrangeiros. (…)

Trata-se de "pôr os computadores a fazer cálculos imensos, necessários em vários projectos de investigação. É uma forma de participação que parece passiva, mas é activa", realçou a responsável à agência Lusa. (…)

O conceito de usar computadores pessoais para a realização de tarefas que precisem de grande poder de computação não é novo. Um dos mais conhecidos exemplos é o SETI@home, que recorre a esta técnica para analisar sinais de rádio em busca de vida extra-terrestre. Fonte

Pode ver aqui o Top dos utilizadores.

4 de fevereiro de 2010

Laboratório de electromagnetismo: Simulação.

Esta simulação do PhET com o nome Laboratório electromagnético de Faraday é bastante interessante para o ensino e estudo do electromagnetismo. Nas imagens abaixo apresento os vários módulos que contém.

Pode aceder à simulação aqui, ou descarregá-la para o seu computador.

Atenção: Necessita de ter JAVA instalado. Pode obtê-lo aqui.

  • Estudo do campo magnético criado por um íman de barra

Bar_magnet_imane_barra (Small)

  • Indução de corrente eléctrica num solenóide 

solenoide (Small)

  • Indução de um campo magnético através da passagem de corrente AC ou DC num solenóide 

electroímane_electromagnet (Small)

  • Transformador

transformador (Small)

  • Gerador

generator_gerador (Small)

Hidrocarbonetos: nomenclatura e visualização 3D

Publiquei em Maio de 2009 o artigo Moléculas 3D - Base de dados visual de moléculas. É um recurso muito bom e que mais uma vez referencio.

Escrevi na altura:

Moléculas 3DPode ser encontrado aqui, e é uma excelente ferramenta para todos os que estão interessados em visualizar moléculas em 3D.

Exemplos de moléculas que podem ser visualizadas com este recurso:

  • Química orgânica - alcanos lineares, alcanos ramificados, cicloalcanos, alcenos, alcinos, álcoois e fenóis, aldeídos, cetonas, éteres, ácidos carboxílicos, ésteres, aminas, amidas, nitrilos e anéis aromáticos.

  • Estruturas VSEPR (Valence Shell Electron Pair Repulsion) – úteis para estudar a geometria molecular.

  • Moléculas diversas – inorgânicas (CO2, H2O, NH3, O3, etc), aromas, explosivos, plásticos, drogas, fármacos, aminoácidos e vitaminas.

Prima o botão esquerdo do rato sobre a molécula e movimente-o para rodar a molécula tridimensionalmente.

Para os meus alunos (e não só) que estão a iniciar o estudo da nomenclatura dos hidrocarbonetos, recomendo que aproveitem os recursos:

31 de janeiro de 2010

Fluxo magnético e corrente eléctrica induzida

Nesta demonstração produzida pelo MIT TechTV, uma bobina é ligada a um rádio e outra é ligada a um altifalante. As duas bobinas não estão ligadas entre si.

O sinal do rádio é transmitido através do campo magnético induzido criado pela corrente nas espiras da bobina da esquerda. Este sinal é apenas recebido quando existe fluxo magnético através da bobina da direita e, portanto, nenhum som é ouvido quando as bobinas estão posicionadas perpendicularmente entre si.

É também possível observar que a aproximação das duas bobinas conduz a um aumento da intensidade do som pois é maior a força electromotriz induzida (e consequente corrente eléctrica induzida) devido ao aumento do fluxo magnético na bobina da direita. Fonte.

Estudo da reflexão e refracção com o auxílio de animações

Estas duas animações interactivas são bastante úteis para o estudo dos fenómenos da reflexão e refracção.

  • Reflexão

 

  • Refracção

Aplicação da Lei de Snell, também conhecida por Snell-Descartes ou lei da refracção, pode ser enunciada de várias formas.

20aa1e3d192ecb3164ac4f2095c86cd3[3] 855b336741150b679007dd522db12eef[1] 8ea889848aea5ef778754e6623b75c64[1]

 

Na animação anterior ao clicar em Outro tem a opção de inverter o sentido da luz incidente e, dessa forma, estudar o fenómeno de reflexão total.

Mais animações úteis em vários campos da Física podem ser encontradas aqui.

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