Foi uma descoberta relacionada com a fibra óptica, esse material que hoje forma o sistema circulatório que faz correr a informação à volta do mundo, que valeram a Charles Kao, da Universidade de Hong Kong, metade do Nobel da Física deste ano. William Boyle e George Smith repartem a outra metade, por terem inventado a primeira tecnologia de imagem que utiliza um sensor digital (CCD), que hoje se tornou o olho electrónico usado em quase todas as áreas da fotografia.
Com uma fibra do mais puro vidro, é possível transmitir sinais de luz à distância de 100 quilómetros – nos anos 1960, quando Kao (76 anos) fez as suas descobertas, apenas era possível transmitir informação por fibras ópticas à distância de 20 metros.(…)
A tecnologia CCD usa um efeito fotoeléctrico, teorizado por Albert Einstein, que valeu ao famoso físico o Nobel de 1921. Através deste efeito, a luz é transformada em sinais eléctricos. O desafio a que se propuseram Boyle e Smith, ao conceber um sensor de imagem, foi torná-lo capaz de captar e ler sinais numa enorme quantidade de pontos de imagem (pixels), muito rapidamente.
O CCD tornou-se o olho electrónico das câmaras digitais e revolucionou a fotografia: a luz passava a poder ser capturada electronicamente, em vez de numa película. E, claro, se já está sob formato digital, fica facilitada a distribuição dessas imagens, por fibra óptica ou outros canais. Notícia completa aqui. Também pode lê-la aqui.
Leia também as declarações sobre o tema da directora do Centro de Investigação de Materiais da Universidade Nova de Lisboa, Elvira Fortunato.
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